Já disse Dahrendorf “no Conflito se esconde o germe criativo de toda a sociedade e a possibilidade de liberdade, mas ao mesmo tempo a exigência de um domínio e controle racional das coisas humanas”(1971:28). Me aproximo, se não claramente me filio, a posição deste sociólogo alemão (Ralf Gustav Dahrendorf); tal como ele vejo no conflito, conflito em sua expressão mais global e no sentido mais lato, um sinal tanto de vitalidade quanto da capacidade de avanço da sociedade ou civilização, Algo que considero até uma lição histórica; que quando de seu estudo sempre me deixou a impressão que a escolha da supressão de conflitos, ao invés de sua absorção ou institucionalização, reforçando um consenso coagido em visões de mundo e não de regras foi danoso ao grupamento social. Isto é verdade tanto para as estruturas sociais ‘reais’ de um povo quanto com relação a parte ideológica (aqui tomada no sentido do pensamento, o conjunto de idéias existentes). Logo, tanto com relação aos acontecimentos políticos-sociais, quanto com relação a capacidade de mutação dos conhecimentos (o uso de mutação o invés de conhecimento vem da discordância do ideário iluminista de que toda mudança crítica no conhecimento e na sociedade é um avanço e benéfica), poderia inda dizer que todo conflito é o resultado e a atuação de uma crítica de conhecimentos (afinal, a realidade só muda por que dispomos de novos modos de a ela nos referirmos e pensarmos).
ps. este pode ser utilizado como nota explicativa do abaixo escrito “Apontamento”.

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